sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ÁFRICA PARAÍSO INEXPLORADO, ATÉ QUANDO?


Quando Alfred Lomax começou a surfar, há cinco anos atrás, tornou-se no primeiro surfista local da Libéria.
Alfred Lomax já não é o único Liberiano a apanhar ondas. Contudo, como existe apenas um pequeno nicho que se interessa por este local no Oeste do Continente Africano, muitos ainda consideram a Libéria como um dos últimos destinos do mundo, por descobrir.

Lomax começou a surfar logo após o fim da guerra civil, que durou 14 anos e que destruiu grande parte do seu país. "Nada é igual ao surf", diz Lomax. "Sinto-me tão feliz". No entanto, apesar de ser o pioneiro, não é o único a tirar vantagem do que esta costa tem para oferecer.

Keith Chapman gere o "Surf Libéria", que promove o país como destino de surf. Dentista de profissão, veio para a Libéria há cinco anos atrás, depois de ser informado que estes necessitavam de ajuda urgente. Keith passou quatro anos a trabalhar no hospital improvisado naquela região, atendendo ás necessidades de algumas das mais miseráveis povoações do mundo.
Mas o seu destino era a Libéria agora. Por isso, em 2008, aos 37 anos, estabeleceu-se por lá, permanentemente com a sua família.

O seu escape durante todos estes anos era o surf. Ele e os seus colegas constituem a comunidade surfista da Libéria. São vinte, no máximo.

Robertsport é a região mais famosa para o surf, constituida por cinco picos que funcionam em condições diferentes.
No entanto, o sossego dos locais está a desaparecer. A palavra espalhou-se e os turistas estão a chegar.

O surfista suíço Julian Saccaron está na Libéria há seis meses com os seus amigos, longe dos mais conhecidos e mais populares picos da Indonésia e da Austrália. Saccaron pensa que é só uma questão de tempo até o mundo descobrir o potencial da Libéria.

Enquanto uns querem manter este lugar em segredo, os surfistas locais esperam que as suas praias atraiam mais turistas, para que se desenvolva o turismo e para que isso traga mais dinheiro. Mas a Libéria está longe de ser um local de turismo de massas.

"As pessoas que vêm para cá, têm de estar preparadas para uma dose de aventura. Não é um local onde se obtêm um pacote de viagem. Acho que ainda existe um estigma enorme relativo à segurança. As estradas e os transportes ainda são um problema, mas a segurança não. O crime que existe é mínimo." diz Keith Chapman.

Ainda existem muitos problemas sociais e económicos mas, Chapman acredita que os surfistas podem ajudar a alivia-los. Ele encoraja a comunidade surfista a fazer trabalho voluntariado e espera que as ondas possam trazer mais médicos. "Existem muitos dentistas surfistas no mundo".

Quanto a Lomax, este espera que não só os turistas descubram o surf na Libéria, mas também os locais comecem a seguir o seu exemplo e a interessar-se pelo desporto. "Olho para os outros desportos no nosso país e as pessoas jogam futebol, bascket, e não fazem surf. Por isso decidi trazer o surf para a Libéria e fazer deste país um dos melhores do mundo para o desporto" concluiu.

Libéria, um paraíso de surf ainda por descobrir.


Referêmncias bibliográficas:

Surf Total, "ÁFRICA PARAÍSO INEXPLORADO, ATÉ QUANDO?". http://www.surftotal.com/pt, http://www.surftotal.com/pt/index.php?option=com_k2&view=item&id=3179:%C3%A1frica-para%C3%ADso-inexplorado-at%C3%A9-quando?&Itemid=2, 13-01-2011[consult. 14-01.2011]

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