terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pipeline. Andy Irons já não grita da varanda


A morte do havaiano, a possível reforma de Slater e o fenómeno natural La Niña assombram o final de temporada havaiana

Para quem conheceu a casa da Billabong há uns anos não são precisas mais palavras. Aqui, onde ficam os surfistas patrocinados pela marca australiana e de onde se espreita a mítica onda do Pipeline Masters - última prova do circuito mundial de surf (WCT), que ontem arrancou - tudo parece demasiado calmo. O ambiente é o sinal de que o surf mundial atravessa um período frágil, a falta de euforia é vista como um mau presságio. Aqui, Andy Irons já não grita da varanda, com a energia electrizante que o distinguia, cada vez que alguém fazia um tubo arriscado em Pipeline. À porta da mansão azul, que tem um telhado em forma de onda e uma porta de madeira gigante toda trabalhada, não há o rebuliço de outros tempos, nem sequer vários carros estacionados à porta, como o jipe preto gigante a dizer "Andy Model" - um misto de presunção e rebeldia, que a uns agradava e a outros nem por isso. Há uma frase do escritor norte-americano Jack Kerouac que diz: "As únicas pessoas para mim são as loucas, as loucas por viver, loucas por falar, loucas por serem salvas" O surfista havaiano, de 32 anos, que morreu recentemente num quarto de hotel em Dallas, com suspeita de overdose, encaixava-se no perfil. A sua energia não está lá mais e isso sente-se aqui.

Mas muito mais (não) se passa na casa. Segundo informações que circulam na ilha, os responsáveis da Billabong acharam por bem separar Joel Parkinson e Mark Occhilupo para o ambiente não piorar. Parko regressou em força depois de uma lesão no pé que o deixou meses parado. Em Haleiwa - primeira etapa das três que formam o Triple Crown of Surfing - chegou e fez um 10 na primeira onda da primeira bateria, pontuação máxima que se pode atribuir. Ganhou o campeonato e é um dos potenciais candidatos à vitória do minicircuito havaiano dentro do campeonato mundial de surf. Também patrocinado pela Billabong, Occy foi campeão do mundo em 1999 e tem um passado conturbado repleto de excessos e ligação à droga que quase destruíram a sua carreira desportiva. "Fiquei muito mal, sabes?, com a bebida e outras drogas. Apanhei um grande susto", contou numa entrevista ao programa "Talking Heads" da ABC. Por aqui circula a tese de que Occy, que sempre gostou de festa, estava a desencaminhar o conterrâneo Parko. Occy, de castigo, dorme em Sunset Beach, Joel fica na casa em frente a Pipeline.

PRESSÃO SOBRE SLATER A morte de Andy foi apenas o primeiro tiro numa indústria do surf que não pára de crescer e cada vez movimenta mais dinheiro. O segundo pode estar para breve. E, de forma irónica, virá pela mão da pessoa que mais fez pelo desporto: Kelly Slater. Se o "rei" se retirar este ano - de barriga cheia com o recorde de 10 títulos mundiais - o interesse das audiências e até dos próprios surfistas pode diminuir bastante. Segundo havaianos contactados pelo i, as marcas já devem estar a fazer "amarrações" a Slater para que não saia este ano do circuito. Não a Quiksilver, que o patrocina. Essa, muito provavelmente, quer que o melhor surfista de todos os tempos abandone a cena pela porta grande. Mas as outras que também facturam com o poder do desporto temem o que virá depois da saída de Kelly. Claro que existem jovens surfistas com níveis técnicos impressionantes - o norte-americano Dane Reynolds (que chegou atrasado ao Havai e ficou em Ventura, na Califórnia, a fazer longboard), o sul-africano Jordy Smith ou o australiano Julian Wilson. Mas Slater, em palco há mais de duas décadas, é quem dita os limites. Sucessor procura-se. A vaga pode abrir já em Janeiro.

Mas ambiente invulgar para a temporada havaiana não se cinge a isto. Quase parece um complô dos tempos onde até a natureza alinha. Não tem havido grandes ondas e o "La Niña" (um fenómeno natural que produz fortes mudanças na dinâmica geral da atmosfera, alterando o comportamento climático e trazendo chuva, ventos fortes e temperaturas mais frias), que acalmou na terça-feira, deu cabo da cabeça a muitos atletas que esperavam o habitual - ondas perfeitas, sol e calor. Os tempos mortos foram passados entre compras em Honolulu e churrascos, mas também houve formas mais criativas de dar a volta ao tédio - na festa que quase sempre os acompanha, ou andar de canoa em Velzyland, por exemplo a alternativa apresentada pela turma brasileira que está no Havai em competição. Para o conceituado shaper local Jeff Bushman, "não há dúvidas de que a morte de Andy Irons e a maldição de la niña" estão a influenciar as vibrações que pairam no North Shore. A isso junta-se também "o facto de o título de campeão do Mundo já estar decidido", explica o especialista português Nuno Jonet, speaker da ASP e consultor da Alfaiate Viagens, que vem em trabalho para o Havai desde 1989.

O 40.º pipe masters A noite de segunda-feira foi de gala no North Shore. Atletas e figuras importantes para o desporto reuniram-se no Turtle Bay Resort para o anual Surfers Poll Award. Como já seria de esperar, Kelly Slater e Stephanie Gilmore venceram o prémio de melhor surfista do ano na categoria masculina e feminina, respectivamente, e Andy Irons foi recordado. A homenagem continua ao longo de toda a etapa do Billabong Pipe Masters, prova desde ontem na água (já a noite caía em Portugal) e que celebra este ano o 40.o aniversário.

Competitivo como é, e para abandonar o palco como nunca ninguém o fez, Kelly Slater não vai querer deixar que a etapa jóia da coroa do circuito mundial lhe escape das mãos. Mas Joel Parkinson, que certamente estará a sentir a falta de Andy Irons na casa, já disse que quer ganhar em Pipeline, conquistar o seu terceiro Triple Crown consecutivo e dedicar o feito a Andy. "Isso seria a maior honra que lhe poderia dar." Ganhe Slater ou Parkinson, o surfista que em tempos gritava na varanda para Pipeline será recordado. E quem conhece a mansão azul sabe a falta que ele lá faz.

Referências bibliográficas:

iONLINE, "Pipeline. Andy Irons já não grita da varanda". http://www.ionline.pt, http://www.ionline.pt/conteudo/92848-pipeline-andy-irons-ja-nao-grita-da-varanda, 09-12-2010[consult. 21-12-2010]

Jeremy Flores. O miúdo armou-se em Andy Irons e bateu Slater


O i na vitória do primeiro europeu em Pipeline. Jeremy fala-nos de Andy Irons e Kelly Slater... mete-se na conversa, sem saber o que fará à vida

Jeremy Flores entrou com a cara, a coragem e não só. A sigla A.I. na prancha não era apenas uma homenagem ao surfista havaiano encontrado morto no mês passado num hotel em Dallas. Flores foi buscar a fúria com que Andy Irons competia e serviu-se do estilo provocador único, que tantas vezes deixou Slater surpreso, para bater o campeão do mundo nas meias-finais. A onda de Pipeline, na última etapa do Mundial de surf, parecia uma arena e o jovem atleta, natural das Ilhas Reunião, não tremeu na altura de pegar o bicho de frente.

O espectáculo (sim, porque a primeira meia-final Kelly vs. Flores foi o verdadeiro show) começou logo com uma cena caricata. Slater fez um tubo, mas a onda fechou toda. Quando regressava ao pico, Jeremy apanhou uma onda mesmo à sua frente e saiu em pé. Olhou-o nos olhos e fez-lhe uma pirraça, como quem diz: "Bem, hoje estou com tudo e cheira-me que não vai ser o teu dia." O duelo foi delicioso de se ver. Kelly e Flores são ambos patrocinados pela Quiksilver e o jovem - que fala português do Brasil na perfeição devido à convivência com a namorada e surfista Bruna Schmitz e outros amigos - viaja com o melhor surfista de todos os tempos desde os 12 anos. "É um ídolo, um exemplo, e é um amigo também. Damo-nos muito bem e aprendo muito com ele", admitiu ao i, lembrando-se também de A.I., que detestava perder até a feijões. Irons, um dos recordistas da temporada havaiana, venceu sete etapas do Triple Crown e quatro edições do Pipeline Masters, onde teve confrontos com Slater que ficaram para a história do surf mundial.

Na quinta-feira Flores, de nacionalidade francesa, obteve uma pontuação de 17,50 em 20 possíveis, contra os 17,23 do Rei. A vitória foi decidida a poucos minutos do final da bateria e quando Flores estava sem prioridade. A onda veio, Slater desdenhou e Jeremy, como não podia escolher nem tinha nada a perder, arrancou. Resultado: um tubo longo com direito a outra pequena provocação no fim, a audiência emocionada aos assobios e Kelly a pensar no outside que não tinha feito a melhor escolha. Os últimos segundos foram de tensão. Enquanto a nota não saía, os dois atletas boiavam lado a lado à espera do juízo final. Slater vestia uma licra amarela com o número um nas costas (é o único que tem direito a envergar tal cor, que segundo conversas de praia, é a que mais atrai os tubarões) e Jeremy uma vermelha com o número 14, ou seja, a posição que ocupava no ranking mundial antes de vencer esta prova. "O Kelly Slater era o cara a ganhar e surfar contra ele é sempre muito difícil. Então pensei assim: ''O que é que o Andy Irons ia fazer nesta situação? O que ia passar dentro da cabeça dele?'' Pensei que ele iria para dentro de água com tudo e não iria querer saber do que os outros pensam", confessou.

A final contra o australiano Kieren Perrow também teve o seu quê de adrenalina. Mas depois do que vimos frente a Slater, não podíamos esperar outra coisa do miúdo exótico, que ainda há três meses disse ao i "estar cansado de ser só surfista". Parece que as apostas saíram furadas à maioria daqueles que jogavam pelo seguro. Perante os nomes apurados para as meias-finais, muitos indicavam a dupla Kelly Slater vs. Dane Reynolds para a final do Pipeline Masters. Enganaram-se. Foi Jeremy Flores quem levou a melhor e os 56 mil euros de prémio, depois de repetir a proeza de dar a volta ao resultado nos últimos minutos. Depois, na areia foi recebido por europeus e brasileiros que o carregaram em ombros até ao pódio. A meio do trajecto, Slater juntou-se à confusão e deu os parabéns ao puto que viu crescer. Mas a melhor parte da festa estava para vir.

MOËT & CHANDON Na casa quiksilver Como a habitual cena dos autógrafos e das fotos para exibir no Facebook se afigurava demorada, a reportagem do i decidiu ir pelo atalho e plantou-se à porta da casa da Quiksilver (onde os atletas patrocinados pela marca costumam ficar hospedados) e esperar por Jeremy Flores. Longe da confusão do público e à sombra - porque nem a previsões meteorológicas para o Triple Crown acertaram e o dia que se esperava nublado amanheceu com um sol abrasador -, amigos de Jeremy reuniam-se prontos para comemoração de verdade. "Queres beber alguma coisa?", pergunta-nos uma das anfitriãs em francês. "Água, por favor." "Desculpa, mas só temos cerveja e champanhe." Moët & Chandon era mais do que apropriado para a ocasião e dada a hospitalidade achámos por bem não nos armarmos em esquisitos. Enquanto Jeremy, comovido e de sorriso rasgado, não se cansava de abraçar quem o felicitava, o treinador Yannick (irmão do surfista franco-brasileiro Patrick Beven) não conseguia conter tanta emoção. A relação que tem com o atleta é quase de pai e os dois agarraram-se um ao outro a chorar. Flores nasceu com a sensibilidade à flor da pele e os Beven, que segundo o surfista são seus "irmãos, de sangue mesmo, até ao fim, até à morte", ainda não tinham caído em si. Naquela manhã, o jovem surfista matou três coelhos de uma cajadada só - ganhou a jóia da coroa do circuito mundial de surf, foi o primeiro europeu de sempre a alcançar tal feito e bateu aquele que este ano foi campeão do mundo pela décima vez e que estava determinado a vencer esta etapa. Ou seja, tinha direito à emoção.

E APARECE KELLY SLATER! "É um sonho para mim e acho que é o sonho de todo o mundo. Estou muito feliz. Todos os meus ''irmãos'' e amigos estão aqui. Agradeço a todos os que torcem por mim e que me enviam mensagens mesmo quando perco. Este ano perdi tantos campeonatos que tinha de ganhar alguma coisa", continuou Jeremy, ainda meio trémulo de tanta adrenalina. "Acordei muito cedo, o dia estava muito bonito e só pensei em coisas positivas: nas pessoas que estão do meu lado e de boa saúde e no mar que estava perfeito. Desde sempre que surfo estas ondas e sabia que podia ganhar este campeonato", contava ao i, quando, de repente, Kelly Slater entra no jardim da casa com vista para Pipeline sem Flores ver. Provoca-o simulando que lhe vai roubar o troféu - uma prancha só de uma quilha, uma relíquia construída pelo mítico Gerry Lopez, o mais respeitado campeão de Pipeline - e Jeremy repreende-o em "brasileiro": "Olha aí! Você não vai roubar minha prancha!"

"O Jeremy é um miúdo muito querido, conheço-o há muito tempo. É um óptimo surfista e excelente em tubos. Tenho a certeza que deve ter ficado maluco com esta vitória aqui. Acho que este resultado mostra que ele está com muito mais confiança como atleta, já não cede tão facilmente às emoções e é capaz de fazer o que é suposto numa bateria", disse Slater quando lhe perguntámos o que pensava daquele que poderá vir a ser o seu sucessor na Quiksilver. Quanto à luta na arena, Kelly pôs as coisas tal como as tínhamos visto, omitindo apenas a cena de provocação, não por orgulho, mas talvez por já conhecer a peça. "No início da nossa bateria, Jeremy estava com a prioridade e por isso fui apanhar umas ondas mais pequenas. Fiz um tubo, caí e vi-o a fazer outro à minha frente. Foi aí que fez o nove e meio. Depois conquistei o controlo da bateria e assim estive quase todo o tempo. Ao fim, deixei escapar uma onda, porque pensava que vinha uma maior atrás, mas não veio e o Jeremy fez a pontuação de que precisava. Foi uma má opção da minha parte e o Jeremy agarrou essa oportunidade. Se ele não fosse um excelente surfista de tubos, provavelmente não teria tido aquela pontuação naquela onda."

E agora a pergunta milionária, porque o i não teve alternativa senão tentar a sorte. "E o que vai fazer para o ano?", questionámos como se nada de especial se passasse. Slater anda sempre envolto num grande mistério e ninguém sabe muito bem se se vai retirar da competição ou se já está a pensar no 11.o título. "Shit! I don''t know my plans for the rest of the day!", respondeu, fugindo ao tema, mas com cara de quem sabe muito bem o vai fazer da vida. Sempre soube. Seja por feitio, marketing ou privacidade, o enigma tem os dias contados e só poderá ser prolongado até ao início do próximo ano.




Referências bibliográficas:

iONLINE,"Jeremy Flores. O miúdo armou-se em Andy Irons e bateu Slater". http://www.ionline.pt/,http://www.ionline.pt/conteudo/94402-jeremy-flores-o-miudo-armou-se-em-andy-irons-e-bateu-slater, 18-12-2010[consult. 21-12-2010]

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Dezassete perguntas a Mick Fanning


1: Surfista porquê?
Porque as ondas são divertidas.
2: Quanto tempo passa em competição?
Nove meses. Durante os outros três volto para a Austrália.
3: É acompanhado por um treinador?
Pela minha mulher ( a modelo Karissa Daltom, com quem casou em 2008) é a minha treinadora e capitã
4: A competição ficava prejudicada por um coração partido?
É claro, mas também o curava
5: Tem um ritual de preparação para as provas?
Normalmente, relaxo ao som de música.
6: Medo das ondas grandes?
Das maiores e de algumas traiçoeiras, às vezes muito medo mas estou confiante das minhas capacidades
7: Teve uma lesão grave?
Na perna, os meus músculos e tendões rasgaram-se até ao osso. A recuperação foi dura mas como sabia que queria voltar ao surf , não havia outro remédio senão fazer os exercícios todos.
8: Não teve medo de voltar?
Não, a culpa não foi do mar, eu é que estava a tentar uma manobra impossível
9: Deixou a escola no fim do liceu, arrepende-se?
Não. Não queria ir para uma universidade, mas aprendi muito a viajar
10: Quando tiver um filho vai deixá-lo abandonara escola?
Ah nem pensar. Vai ter que estudar até ao fim, e depois pode escolher.
11: Com quem aprendeu a fazer surf?
Com os meus três irmãos - o Sean que morreu num acidente de carro tem sido uma inspiração.
12: A sua mãe não se angustiava de os ver a todos no mar
Pelo contrário. Quando estávamos a surfar não andávamos metidos em sarilhos
13: O que é que gosta de fazer quando não está fazer surf?
Nada, descontrair. E gosto de cozinhar. O que houver no frigorífico
14: O seu prato favorito?
Sopa, gosto muito das sopas portuguesas. E de peixe
15: No prato ou no mar?
Gosto no prato mas prefiro as criaturas do mar. O golfinho é o meu favorito. Estou sempre a fazer surf com eles, mas em Peniche ainda não vi nenhum.
16: Me, Myself and Eugene é um dos seus filmes de surf . Eugene é o seu alter-ego que bebe umas cervejas. Veio consigo?
Não, desta vez ficou em Coolangatta (terra onde vive)
17: Em miúdo os seus ídolos do surf eram…
Aqueles contra quem me bato hoje [risos]. O Tayloy Knox é um dos meus favoritos e agora em Peniche partilho a casa com ele.







Referências bibliográficas:

STILWELLE, ISABEL, "Dezassete perguntas a Mick Fanning", Jornal DESTAK, 12-10-2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Surftrip – Red Bull Surfing Girls Only


Estava na hora de provar aos cépticos que quando se trata de surf de alta performance as mulheres conseguem ser tão radicais quanto os homens. Num surf camp reservado, com quatro treinadores à disposição, Sally, Sofia, Maya e Nadja, foram para o Peru com o objectivo de melhorar a sua técnica e levar o seu surf para um patamar mais elevado.
Pelo mundo fora, os média especializados têm anunciado esta geração como sendo a que pode quebrar as barreiras de género. “Acredito que ainda temos um longo caminho a percorrer mas demos um passo em frente.”, explicou Sally Fitzgibbons. “Acredito que é possível chegar onde os homens estão, só temos de treinar algumas das usas técnicas.”
“Treinar com os rapazes é bom para as raparigas porque os homens são muito competitivos, o que os leva a esforçarem-se sempre um pouco mais de cada vez que entram na água. As raparigas observam e aprendem com isso.”. Quem o diz é Andy Walshe, o manager de alta performance do projecto Red Bull Surfing. No entanto, as sessões de treino exclusivamente femininas também são especiais, e concentram-se na forma como o corpo feminino funciona em movimento. Para além disso, a forma de pensar de uma mulher é um mundo completamente diferente do masculino onde os treinadores têm de entrar. “A psicologia feminina é muito diferente da masculina...” continua Walshe. “Num local reservado como este, a probabilidade de que elas saiam da concha e nos digam quais são os seus objectivos e sonhos é muito maior. Queremos conhecê-las melhor para podermos ajudá-las.”
Estar apenas no meio de raparigas nãp é melhor nem pior do que estar apenas entre rapazes, é apenas diferente. Durante o ultimo campo misto, o Red Bull Project Air em Fevereiro, os treinadores perguntaram a todos os surfistas os que eles preferiam e as opiniões dividiram-se numa proporção de 50% para cada lado. Ninguém conseguia dizer com 100% de certeza que preferia um campo só de rapazes/raparigas ou misto; os dois são eficazes e têm os seus próprios benefícios.
Um campo com um grupo tão pequeno foi outra característica especial. Apenas quatro raparigas participaram e aproveitaram os intensos dias de treinos. “Ter treinadoras fantásticos como o Dan Ross, o Shane Beshen ou o Andy Walshe quase em exclusivo para mim é fantástico e excelente para o meu suf.”, confessou Sofia Mulanovich.
A jovem Nadja de Col também realçou os benefícios da experiência. “Apesar de já conhecermos os treinadores, nota-se mesmo os surfistas fantásticos que são quando nos vêem a surfar e depois nos dizem para mexer o pé assim ou cinco centímetros para o lado, e, subitamente, conseguimos fazer manobras de uma forma que nunca pensámos ser possível.”
O objectivo de um campo tão pequeno quanto este é dar a possibilidade aos treinadores de se concentrarem nas necessidades de cada surfista e elaborarem um programa à medida para ajudar cada uma delas individualmente. “Grupos grandes não permitem muito tempo com cada surfista, aqui tivemos imenso.”, explicou Dan Ross. E não está a mentir. Análise individual da técnica de surf de cada rapariga foi tema recorrente durante toda a semana.
Enquanto as surfistas estavam no mar, um dos treinadores filma cada movimento delas, para que pudessem ver o que estavam a fazer e perceberem o que podiam melhorar assim que chegasse à areia.. Este método de treino, conhecido por analise de vídeo instantânea, era complementado, com mais analise de vídeo quando as meninas chegavam à casa Bed Bull em Señoritas. Um projector vídeo era a estrela da sala de estar, mostrando os videos constantemente numa das paredes, enquanto as surfistas se reuniam com os treinadores para observarem os seus movimentos e erros duma forma mais personalizada.
Segundo Walshe, “Cada surfista é diferente e tem de trabalhar coisas diferentes. O regime de treinos que planeamos é diferente para a Sofia e para a Sally, que tambem são diferentes dos da Maya e Nadja.”. A nutrição das surfistas foi outro tópico discutido durante o campo. Os surfistas usam imensa energia quando estão no mar, e é extremamente importante que saibam o que comer e beber para compensarem essas perdas. O peixe é geralmente uma das fontes principais de proteínas na dieta dos surfistas. “Normalmente incluímos peixe na nossa dieta porque é muito fácil de arranjar, uma vez que trabalhámos sempre junto ao mar.”, confessa Daniel Ross.
Durante o tempo que passaram no campo as raparigas tiveram a oportunidade de aprender uma nova forma de cozinhar peixe: Ceviche. O famoso chef local, Christian Bravo, deslocou-se à casa da Red Bull para dar uma aula particular às meninas sobre como cozinhar o tradicional prato peruano.
Mas o Red Bull Surfing Girls Only não foi apenas trabalho, houve também lugar para um pouco de diversão. Durante uma das tardes aprenderam algo sobre a história do Peru. As raparigas trocaram as suas pranchas por “caballitos de totora” (barcos tradicionais feitos de canas que ainda hoje são usadas pelos pescadores) e tentaram surfas as ondas tal como o faziam os antigos peruanos da cultura Moche-Chimú. Depois de umas quantas tentativas falhadas e outras tantas quedas, as raparigas conseguiram finalmente dominar os barcos. “Foi fantástico e mesmo divertido.”, confessou Sofia. “No entanto, foi muito difícil colocar-me em pé e manobrar porque os barcos não têm quilhas e são muito pesados.”
O treino de alta performance no campo mostrou as mais modernas técnicas de surf. Durante cinco dias houve treinos específicos para aéreos (usando um skate e um trampolim para simular a acção dentro de água). Houve também trabalho na técnica da remada, critério de selecção de ondas e nutrição. A realização de uma competição que simulava os heats e fases de um campeonato do World Tour encerrou a semana. “Estes dias ajudaram-nos a todas. Cada uma veio com uma ideia do que queria melhorar e conseguiu-o”, disse-nos Maya Gabeira. “Agora só temos que usar o que aprendemos e mostrar a toda a gente as capacidades das mulheres quando se soltam dento de água”.






Referências bibliográficas:

ONFIRE, "Surftrip – Red Bull Surfing Gilrs Only", Revista "GIRLZ On Fire", Edição de Setembro e Outubro

Juniores Nacionais Terminam mal no Ranking Projunior Europeu


Terminou em Agosto a ultima etapa do Pro Junior europeu feminino, onde infelizmente as nossas juniores não mostraram a raça do ano passado. A melhor classificada do ranking acabou por ser a jovem da Ericeira, Ana Sarmento, em 15º lugar, logo seguida de Carina Duarte, e em 33º lugar, Maria Abecasis, fechando assim o numero de surfistas juniores portuguesas a correr o mais importante circuito júnior europeu, e que dá acesso à grande final do circuito mundial júnior para as primeiras quatro classificadas. As francesas dominaram este circuito ocupando as sete primeiras posições, apesar da vice-campeã representar a ilha Reunião, sendo Alizé Arnaud a grande campeã júnior europeia.





Referências bibliográficas:

ONFIRE, "Juniores Nacionais Terminam mal no Ranking Projunior Europeu", Revista "GIRLZ On Fire", Edições de Setembro e Outubro

terça-feira, 16 de novembro de 2010

TIAGO PIRES


EYES ON THE PRIZE

Durante o teu primeiro ano de WCT as primeiras etapas não correram muito bem. Sentiste que não estavas preparado a algum nível ou é um período normal de adaptação?

- Eu acho que é uma mistura dessas duas! O primeiro ano no Tour não é nada fácil, pois muitas vezes sucumbimos à pressão e acabamos por stressar muito nos heats.
Geralmente complicamos muito as coisas na nossa cabeça de tal maneira, que às tantas já nos parece impossível vencer um heat. Penso que, no primeiro ano, houve vários factores que me dificultaram um pouco a vida. Entre eles o stress e também o mau momento em termos de equipamento que atravessei na altura, mas penso que a experiência fala muito alto no World Tour.

Como encaraste o “episódio” com o Parkinson em Teahupoo?

-Na altura com muita revolta. Houve uma tremenda ingenuidade do meu lado, apesar de continuar a defender que não tinha remado para a onda que me fez perder a prioridade. Mas acima de tudo nunca deveria ter tentado apanhar a onda seguinte pois essa não detinha qualquer potencial de score! Por isso considero que entreguei o ouro ao bandido e penso que, se o mesmo acontecesse hoje, não teria tido o mesmo desfecho.

No segundo ano já não correste o WQS a sério mas o resultado que acabou por te safar o ano só aconteceu na segunda metade do ano. A alguma altura sentiste que estavas em perigo de ficar de fora?

-Não, nem por isso. Dei muita importância ao meu trabalho físico e sabia que isso me ia deixar mais forte. A componente física tem a particularidade de nos tornar mais forte na cabeça, e isso não foi excepção à regra.

Sentes que o facto de teres derrotado o Kelly Slater três vezes fez alguma coisa por ti, além de te dar mais exposição?

-Penso que, além da exposição e do reconhecimento, pouco mais fez por mim pois acabam por ser apenas três heats na minha carreira. Trocava as três vitórias contra o Kelly Slater por uma maior consistência de vitórias!

Confirmas que o Slater faz os seus “mind games” dentro e fora dos heats ou é exagero dos media?

-Confirmo e concordo. O Kelly é o melhor surfista e o melhor competidor de todos os tempos, e por aí passam os ditos “mind games”.

O que achaste das alterações do circuito?

-Acho que foi duro para os rookies que entraram este ano. Alguns deles só conseguiram surfar cinco campeonatos e a meio do ano já se encontram novamente na velha batalha do WQS. Por outro lado, acho que o corte vai fazer com que o nível aumente, pois o nicho de surfistas é menor, e o talento é cada vez mais visto por só ficarem os que estão mais em forma. Acho que o Tour este ano recebeu muito talento jovem e está num nível mais alto que nos anos anteriores. Há um grupo de 6 ou 7 surfistas que vieram destabilizar logo no primeiro ano e isso é uma coisa muito difícil de acontecer!

O que tens a dizer sobre o julgamento no World Tour?

-Acho o julgamento uma velha guerra que tem vindo a ser debatida desde há muito.
Os surfistas quase nunca estão contentes com o trabalho dos Júris. As opiniões divergem sempre, os júris são por vezes afectados pelo público e a onda que se vive na praia.

Achas que o teu estilo de surf é bem valorizado?

-Penso que não é dos mais valorizados, mas não me queixo.

Sentes necessidade de mudar de alguma maneira o teu “approach”?

-Não, nada. Com 30 anos tenho o meu repertório de manobras mais que definido.
Há pequenas coisas que ainda trabalho a nível técnico, mas não estou de maneira nenhuma no momento ideal para mudar o meu “approach”.

Sentes que ganhaste um estatuto diferente a nível de reconhecimento fora da Europa por estares no World Tour?

-Penso que sim, e acho que é uma coisa natural. Uma vez que provas que não és um “entre e sai” do Tour, e que mostras algum serviço, imediatamente ganhas esse reconhecimento internacional.

O World Tour é tudo o que esperavas?

-Sim. Acho que passou a ser uma realidade para mim, logo já não olho para a coisa da mesma maneira como olhava enquanto miúdo. A vida no WT é muito confortável mas temos que trabalhar bastante para nos mantermos.

Tens melhorado todos os anos no circuito, era este o objectivo desde o inicio ou esperavas “escalar” o ranking mais cedo?

-O meu primeiro grande objectivo era qualificar-me e depois passou a ser manter-me no Tour até ao fim da minha carreira. Quanto mais surfo e mais à vontade estou no circuito, mais normais passam a ser as minhas subidas na carreira. Sou daquele tipo de pessoa que acredita que o impossível não existe!

Quais são os teus objectivos a curto e médio prazo dentro do circuito?

-Ser uma presença assídua no top16 e atacar o top10 e o top5.

Quando entraste para o WCT, apesar do apoio do público, tinhas também muitos críticos. Sentes que com o sucesso que tens tido eles calaram-se ou há e haverá sempre um pouco disso?

-Penso que sempre haverá espaço para os críticos. A opinião pública faz parte da nossa sociedade e eu aceito isso, desde que haja algum fundamento. A todas as pessoas que me criticam, quero que saibam que perdem o seu tempo! Criticas sem fundamento e que são baseadas em pura inveja, entram-me a 100 e saem a 200!

Sei que antes do circuito começar fazes sempre um treino intensivo, em que consiste?

-Consiste num trabalho físico intenso de pelo menos 4 semanas, em que treino 4 vezes por semana durante as manhãs, e faço surf à tarde. São semanas muito cansativas mas que acabam por dar os seus frutos mais tarde.

Sentes que a tua vida pessoal está um pouco “em stand by” enquanto competes a este nível ou dá para conciliar?

-Sim, a minha vida pessoal está um pouco limitada, mas vai havendo cada vez mais espaço para a mesma. Hoje em dia eu passo mais tempo em casa do que fora. A minha experiência como pessoa também ajuda a que isso aconteça, pois já não sou aquele adolescente que anda perdido pelo mundo fora.


O que achas que falta para teres uma mediatização maior a nível internacional?

-Talvez ganhar campeonatos no WT. As pessoas gostaram muito quando apareci no circuito, quando fiz o papel de “underdog” , mas isso já teve o seu tempo e já estou no terceiro ano consecutivo. Agora tenho que ultrapassar a barreira do meio da tabela e consolidar-me “lá para cima” para que essa mediatização aconteça. Tudo a seu tempo.

Qual é a tua aposta para o título mundial de 2010?

-Kelly Slater.

Para terminar, começam a surgir surfistas da nova geração com um bom nível em Portugal, vês algum sucessor?

-Eu quero acreditar que sim. Neste momento vejo muito bom nível de surf da parte de dois ou três surfistas juniores nacionais, mas agora há que haver um compromisso de vida forte para largar tudo o que temos em Portugal e passar uns bons anos “on the road” a evoluir e a aprender. A vida no Tour é feita de derrotas, e há que saber lidar muito bem com isso para conseguir aguentar a pressão de alcançar os objectivos.










Referências Bibliográficas:

ONFIRE, "TIAGO PIRES EYES ON THE PRIZE", Revista "ON FIRE Surf", Edição de Setembro e Outubro

VASCO RIBEIRO


O FUTURO
Com 15 anos, Vasco Ribeiro, é já considerado uma certeza do surf nacional, com potencial para ser um nome conhecido fora das nossas fronteiras. Apoio familiar, talento natural, força de vontade, bons treinadores e um bom grupo de trabalho estiveram por detrás de uma “carreira” que foi exemplar até agora, mas o futuro está em aberto e daqui para a frente tudo pode acontecer!
As expectativas são altas mas os desafios que podem elevar, ou não, este surfista a voos mais altos estão ainda a começar e o seu percurso tem muito por onde progredir!
Não focámos este perfil no que vai na sua cabeça mas sim nos relatos de várias pessoas que acompanharam, apoiaram, contribuíram ou simplesmente assistiram à evolução deste jovem atleta e à preparação do que promete ser uma grande carreira!






Referências bibliográficas:

ONFIRE, " VASCO RIBEIRO O Futuro", Revista "ON FIRE Surf", Edição de Setembro e Outubro

MIGUEL BLANCO


Tem 14 anos e tem como patrocínios: quicksilver, vans e polén surfboards.
Apesar dos seus 14 anos, na última etapa do circuito nacional de 2009 acabou em 5º lugar e, caso tivesse, competido na etapa dos Açores uns meses mais cedo, poderia ter acabado entre os top16 nacionais! Este resultado chamou a atenção da quicksilver que muito pouco tempo depois estava a contratá-lo para a sua equipa.
O surfista da praia da poça continuou com os bons resultados e venceu uma etapa do nacional de Esperanças e o quicksilver King of the Groms quase de seguida.
Apesar de só em 2010 ter passado para o escalão de sub 16, já conta com três “internacionalizações” na selecção nacional de surf nessa categoria.
A sua última participação numa selecção foi a sua melhor, acabando em terceiro na final do Eurosurf!
Este é considerado um grande talento, mas que precisa de viajar mais se quiser ter uma carreira mais internacional.
O seu treinador, David Raimundo, considera-o como um dos mais talentosos do seu grupo de trabalho que inclui jovens em ascensão como Vasco Ribeiro e Zé Ferreira.







Referências bibliograficas:

ONFIRE, "Miguel Blanco", Revista "ON FIRE Surf", Edição de Setembro e Outubro

Filipe Jervis sagra-se vice-campeão Pro- júnior da Europa


Este é um grande exemplo dos benefícios que o trabalho e dedicação podem trazer a um surfista. Filipe Jervis passou grande parte do inverno a treinar e os resultados acompanharam! Apesar de ter começado o circuito Pro-junior com um 33º lugar, o surfista do Guincho recuperou bem com um segundo lugar no Nikita Pro Júnior. Na etapa seguinte, nas ilhas Canárias, não deu hipóteses aos adversários, venceu e agarrou a liderança do ranking.
Infelizmente a última etapa não lhe correu bem e o surfista das ilhas Guadelupe, Charlie Martin, venceu e levou o título europeu. Ainda assim, Filipe Jervis ficou como vice-campeão do circuito e garantiu o top4 e, por consequência, a qualificação para o circuito Pro Júnior mundial que irá definir o campeão Júnior da ASP.
Parabéns Filipe!!!!
Ainda dentro do top16 ficaram os portugueses Vasco Ribeiro e Zé Ferreira, em 12º e 13º respectivamente, que tiveram boas prestações mas com mais um bom resultado tinham acabado muito mais perto do topo!








Referências bibliográficaa:


"Filipe Jervis sagra-se vice-campeão Pro- júnior da Europa", Revista "ON FIRE Surf", Edição de Setembro e Outubro.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Entrevista a Carina Duarte, “Teen Champion”


Carina, por viajares tanto tens dificuldades em acompanhar as aulas ou consegues conciliar bem?
Tenho alguma dificuldade principalmente durante a primeira semana quando ainda estou excitada por estar no sitio onde estou e ao mesmo tempo exausta da viagem. Mas depois acabo por conseguir conciliar tudo rapidamente e até agora tem corrido bem!

Sentes que o surf e a tua actividade competitiva fazem com que a tua vida seja muito diferente da das tuas colegas da escola?
Sim, acho que é, e ainda bem! As colegas da minha escola não fazem nada, apenas estudam, e eu acho importante te outra actividade fora da escola para que a nossa vida enquanto jovens não se baseie só em estudos. E é claro que se levarmos uma actividade a nível de competição a vida é automaticamente diferente, e confesso que até gosto! Passamos bastante tempo a viajar enquanto eles estão na escola, acabamos por estar mais afastados e o nosso pensamento muda. Já não nos preocupamos com a turma mas sim em tirar boas notas e boas classificações nos campeonatos.

Como é a tua rotina diária?
No inverno levanto-me cedo, vou para a escola e quando é possível vou surfar. Mas como no tempo de escola surfo menos vou para a natação e ginásio. Tenho que confessar que no inverno passado, só fui umas três semanas e depois não me apeteceu mais. No verão não tenho rotina porque estou sempre de um lado para o outro a competir e surfar.

És a campeã nacional mais nova de sempre, isso criou novos objectivos para ti ou o circuito nacional continua a ser uma prioridade?
Penso que agora a maior prioridade são os campeonatos lá fora mas claro, se possível, vou tentar fazer todas as provas da liga ProSurf.

O circuito Pro-Junior europeu não tem corrido bem para as portuguesas, a que achas que isso se deve?
Na verdade, apesar de não tirarmos grandes resultados, não são maus de todo. Assim que se alguém tira um resultado não tão feliz, parece que todas as portuguesas têm maus resultados, mas pensando bem, neste momento somos só duas raparigas a correr o circuito Pro-Junior europeu. Talvez de houvesse mais raparigas portuguesas a participar existiriam melhores resultados. Além disso o surf português ainda precisa de evoluir mias (mas já estamos no bom caminho).

Quais são os teus objectivos no surf?
Representas Portugal até ao mais longe possível, conseguir um dia entrar no tour, mas até lá é tentar tirar os melhores resultados possíveis.

Como é o apoio da tua família?
A minha família apoia-me muito porque se não fossem eles mal fazia campeonatos, são eles que financiam a maior parte das viagens, para além disso, quando vou competir tentam sempre ver o heat na Internet.

Quem são as tuas influências?
São todas as surfistas, apesar de ligar mais a umas que outras como por exemplo a Courtney (Conloque), a Sally (Fitzbibbons), a Laura (Enever), a Bianca entre outras, mas uso todas como referência, reparo como fazem as manobras, a maneira como fazem a onda e até como remam, e junto tudo de todas e “escolho” a maneira mais adequada de fazer e tento fazer igual.

Quais são as vantagens e desvantagens de ser da Ericeira?
Uma desvantagem é que está sempre mais frio cá que nos outros lados, mas assim como vantagem não apanhamos aqueles dias insuportáveis de calor. Outra desvantagem é as águas que estão sempre geladas mas assim quando vamos para outro lado, parece sempre mais quente. Uma outra vantagem de ser da Ericeira é que surfo sempre quando quiser numa das praias mais cobiçadas do país, mas claro que há uma grande desvantagem, é que no verão parece que todas as praias fecharam e está tudo louco querer surfar em Ribeira d’Ilhas, e é quase impossível ir lá surfar sem nos chatearmos.

Conta-nos um heat de que tenhas especial orgulho.
Não é bem orgulho especial, mas gostei do heat no WQS dos Açores, pois apesar do quarto lugar no heat, fiquei com uma décima de diferença da terceira classificada, a um ponto da segunda, e tive a possibilidade de competir com uma ex-campeã mundial, Sofia Mulanovich.



Para terminar, conta uma surfada que te tenha ficado na memória!
Foi na Austrália e o dia estava horrível, só havia nuvens, o céu todo cinzento e estava a chover um pouco, e eu não tinha vontade nenhuma de ir surfar mas passado bastante tempo decidi entrar. Só havia uma pessoa na praia a surfar, entrei e quando cheguei lá fora essa pessoa estava-me a dizer ”Olá” e a acenar. Era a Carissa Moore! Ainda pensei que me estivesse a confundir com alguém mas depois cumprimentámo-nos e apresentámo-nos. As ondas estavam a demorar bastante tempo a virem, decidi perguntar-lhe alguma coisa. Acabámos por nos conhecer e acabei por me divertir na surfada, havia umas ondas apenas para duas raparias e numa das praias mais famosas do mundo, Bells Beach!





Rereências bibliográficas:

Motty, Mauro, "Entrevista a Carina Duarte, “Teen Champion”", Revista GIRLZ On Fire", Setembro e Outubro de 2010

Miss Sumol Cup 2010


O Miss Sumol Cup é um evento especial, um evento 100% Girlz. Elas são o centro das atenções e têm um fim de semana inteirinho com a exclusividade das ondas. Um campeonato onde certamente todos ficaram satisfeitos com o tratamento dado pela organização que, não ganhando à concorrência no tamanho da estrutura, vence certamente na forma de receber.

As surfistas com maior experiência confirmaram o favoritismo e passearam-se na fase inicial, deixando as restantes competidoras a lutar pela segunda vaga. Apenas Francisca Sousa foi surpreendida pela endiabrada Constança Coutinho que, apesar de ter muito por onde melhorar, viu o seu esforço recompensado com a vitória no heat. Destaque também para uma Joana Rocha inspirada e para as juniores Carina Duarte, Ana Sarmento e Maria Abecasis. Carina impressionou os mais distraídos, alguns deles surfistas experientes mas desligados do surf feminino, que ficaram impressionados com a forma como uma “miúda” batia de backside. Neste aspecto Carina parece-me um pouco à frente das outras, surfa com mais fluidez e arrisca mais nas manobras, se conciliar isso com uma melhor escolha de ondas será muito difícil batê-la.

Na manhã de Domingo o panorama não era dos mais animadores, mas com um pouco de paciência, esperar pela maré vazia, um pouco de sorte, não entrou vento, e um pouco de competência, a organização colocou os juizes no extremo do molhe, tudo se conseguiu e o campeonato lá se realizou.
Na primeira meia-final, Ana e Maria confirmaram o favoritismo do dia anterior e eliminaram Filipa Prudêncio e Carolina Franco incompatibilizadas com o tamanho das ondas. Já na segunda meia, Carina deu show nas “marolas” e marcou o melhor resultado do campeonato, 14.67. Foi uma luta desigual. Enquanto Carina voava, Joana Rocha e Francisca Sousa desesperavam para conseguir andar. Nem se pode dizer que Joana tenha desiludido, uma vez que esteve bem no primeiro dia, quando se podia dizer que as ondas tinham meio metro, mas pouco conseguiu fazer quando desceram abaixo disso. Francisca desequilibrou a seu favor com duas ondas curtas mas onde executou uma rasgada forte em cada uma delas.

Quem assistisse à grande final e não conhecesse as regras poderia pensar que ganhava quem apanhasse mais ondas, tal foi a correria. Assobia para aqui, rema para acolá, apanha esta, rema para aquela, apanha mais uma, olha para o treinador, olha para o outside, e no final ganha Ana Sarmento. Foi uma justa vencedora, apanhou as melhores ondas e preencheu-as de curvas do inicio ao fim.
Na segunda posição ficou Maria Abecasis, a mais inquieta da final, e na terceira posição Carina Duarte que sofreu da mesma inquietude de Abecasis, mas sem resultados práticos, já que não apanhou ondas nem parecidas com as de Ana Sarmento. Ainda assim mostrou manobras mais fortes e conseguiu bons scores para apenas uma ou duas manobras mais fortes, apesar de alguma incoerência no julgamento.








Referências bibliográficas:

Valente, Hugo, "Miss Sumol Cup 2010 - Homem não entra", Revista "GIRLZ On Fire", Setembro e Outubro de 2010

Entrevista com Joana Machado e Raquel Sampaio



Há quanto a Joana está no Brasil?
A Joana foi para lá para fazer um semestre e neste momento já está lá há um ano.

E vai ficar até quando?
Vai ficar mais um semestre, e com certeza vai querer aproveitar o verão lá, mas por ela aposto que não saía mais do Brasil...

Está a estudar o quê?
Ela... anatomia humana, lol, ‘tou a brincar... Design de equipamentos... acho eu.

O que faz durante o dia?
Bem, quando fui lá visitá-la não fazia muito... brincadeira! Acho que faz tudo o que de bom o rio lhe proporciona. Estuda, namora, sai com os amigos, surfa, no fim de contas faz praticamente o mesmo que fazia aqui, mas num sitio diferente, com uma qualidade de vida também diferente, onde ele é que tem de gerir o dinheiro.

Faz surf? Onde?
Claro que faz surf, acho que se não fizesse neste momento estava a trepar paredes. Onde ela costuma surfar mais acho que é na Prainha, que fica perto do Recreio, mas há outras ondas também muito boas, mas mais longe...

E tu, depois de lá passares uma temporada, quando voltas?
Não sei ao certo, mas penso voltar em Fevereiro/Março, antes dos campeonatos começarem...

O que vais estudar?
Vou dar continuidade ao que estou aqui a estudar, na verdade só vou para lá fazer intercâmbio, portanto vou continuar a estudar Marketing e Publicidade.

Onde vais ficar?
Vou ficar no Leblon, com a Joana, a Teresa Bordalo, a Inês, o João Faria, e por fim com o Guerrinha.

Como é o ambiente por lá?
Bem para isso não há palavras, é simplesmente óptimo! As pessoas são super bem dispostas e muito acolhedoras, sempre prontas a ajudar! Infelizmente nós cá temos uma mentalidade muito reservada em relação à nacionalidade brasileira, julgamos sempre a sua pessoa e temos sempre receio deles. Já eles em relação a nós são totalmente diferentes, adoram os portugueses, e são super prestáveis.

Há muitas festas?
Rio de Janeiro é sinónimo de festa, principalmente nesta época, que é a entrada do verão. As festas lá são outra coisa, são muito boas mesmo.



E surf, está nos teus planos?
Claro, foi uma das razões porque escolhi i Rio e não outro país para fazer o meu intercâmbio. Juntei o útil ao agradável. A faculdade para onde vou, no meu curso é considerada uma das melhores do mundo, tenho surf, tenho um clima fantástico, posso surfar de biquini, tenho noite, tenho amigos, tenho tudo o que podia pedir! Só não tenho uma das coisas mais importantes, a minha family... mas também são só sete meses, vai ter de dar para aguentar!

Porque é que decidiste ir fazer um semestre fora?
Decidi ir pelas razões acima mencionadas, além de ser a segunda melhor universidade do mundo na minha área, adoro as pessoas, o clima, o país e também porque já lá tinha ido e por mim tinha ficado lá logo nessa altura.

Quais são as tuas expectativas?
São as melhores claro, espero ter boas notas e conseguir tirar partido do facto de ter oportunidade de estudar nesta universidade, espero que isso me enriqueça em todos os niveis. Nunca tive a oportunidade de viver sozinha tanto tempo e tão longe e com certeza isso vai-me fazer ter outra visão, uma visão que nunca tive.

Quando voltares pensas voltar a competir?
Claro que sim, a única razão porque não competi este ano foi por esta mesmo, pois para mim não valia a pena estar a gastar dinheiro em cotas, em deslocações, em campeonatos, se só poderia fazer no máximo três etapas. Saber que não poderia ganhar nada não me motivava para entrar. Tal como preferi, vou parar este ano e para o ano tentar voltar em força e motivada.





Refeências bibliográficas:


"Joana Machada e Raquel Sampaio in Brazil", Revista "GIRLZ On Fire", Setembro e Outubro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Mark Occhilupo: 'Estou devastado'


Australiano considerava Andy Irons um irmão





O australiano Mark Occhilupo lamentou a morte do havaiano Andy Irons, nesta terça-feira, em Dallas, nos Estados Unidos. O campeão mundial de 1999 revelou ter ficado devastado com a notícia.

- Eu o amava como um irmão. Estou devastado. Meu filho me perguntou porque estava chorando quando o peguei na escola e não podia falar para ele, que é fã do Irons - disse Occhilupo, segundo a Fox Sports.

Irons foi encontrado morto em um hotel de Dallas após passar mal em um voo que vinha de Miami. O surfista voltava ao Havaí após desistir da etapa de Porto Rico do Circuito Mundial. Supostamente, uma dengue hemorrágica foi a causa da morte. No entanto, uma overdose de metadoma também é investigada.





Referéncias bibliográficas:
LANCEPRESS!, "Mark Occhilupo: 'Estou devastado'".
http://msn.lancenet.com.br/mais-esportes/Mark-Occhilupo-devastado_0_365363518.html, 03-11-2010[consult. 03-11-2010]

Morte de Irons adia título de Slater em Porto Rico


Baterias que podem coroar decacampeonato foram adiadas






A morte inesperada do tricampeão mundial Andy Irons, nesta terça-feira, aos 32 anos, causou comoção no mundo do surfe. As baterias do dia na etapa de Porto Rico, que pode coroar o décimo título do americano Kelly Slater, foram adiadas nesta quarta-feira, em respeito à memória do havaiano.

No início dos anos 2000, Irons e Slater protagonizaram uma das maiores rivalidades da História do Circuito Mundial. Em 2010, os dois voltaram a se enfrentar nas semifinais da etapa do Taiti, com vitória de Irons, que viria a conquistar o último troféu da carreira.

VEJA UMA GALERIA DE FOTOS DA CARREIRA DE ANDY IRONS

As causas do morte do tricampeão mundial não foram divulgadas oficialmente, mas informações extra-oficiais apontam para uma complicação de uma dengue hemorrágica, que fez com que o surfista desistisse da etapa de Porto Rico do Circuito Mundial. Irons estava voltando para o Havaí quando acabou falecendo.

"O mundo do surfe lamenta com incrível tristeza a notícia da morte do havaiano Andy Irons. O surfista começou a carreira no Circuito Mundial em 1998, conquistou 20 vitórias na elite e três títulos mundiais consecutivos (2002, 2003 e 2004). Os sentimentos da família da ASP estão com a família de Irons. Todo o esporte mundial lamenta esta tragédia", informou uma nota oficial da Associação dos Surfistas Profissionais (ASP).




As 20 conquistas de Irons no Circuito Mundial

1998
Huntington Beach

2000
Trestles

2002
Pipeline, Mundaka, Teahupoo e Bells Beach
2003
Pipeline, Hossegor, Niijima,
Tavarua/Namotu e Bells Beach
2004
Hossegor e Jeffreys Bay
2005
Pipeline, Hossegor e Chiba
2006
La Jolla e Pipeline
2007
Arica
2010
Teahupoo









Referéncias bibliográficas:

LANCEPRESS!, "Morte de Irons adia título de Slater em Porto Rico". http://msn.lancenet.com.br/mais-esportes/Morte-Irons-titulo-Slater-Havai_0_365363479.html, 03-11-2010[consult. 03-11-2010]

Trajetória de Andy Irons


Tricampeão mundial em 2002, 2003 e 2004:

2002

No primeiro título na elite, Irons conquistou quatro etapas do Circuito Mundial: Bells Beach, Teahupoo, Mundaka e Pipeline. A conquista foi obtida com uma ampla vantagem sobre o segundo colocado, o australiano Joel Parkinson. Irons somou 8.102 pontos na temporada, enquanto o vice ficou 6.556.





2003

O bicampeonato veio em uma grande batalha com Kelly Slater. Em 2003, Irons levou cinco etapas do Circuito Mundial (Pipeline, Hossegor, Niijima, Tavarua/Namotu e Bells Beach), contra quatro do americano (Teahupoo, Jeffreys Bay, Mundaka e Santa Catarina). Com uma diferença de menos de 500 pontos, o havaiano levou o troféu ao fim do ano.





2004

A regularidade ao longo do ano foi determinante para o tricampeonato de Irons em 2004. Foram duas conquistas na temporada, em Jeffreys Bay e Hossegor. Além do havaiano, Joel Parkinson, Kelly Slater e C.J. Hobgood também lutaram etapa a etapa pelo título. No entanto, no fim, melhor para Irons, que levantou o troféu com mais de 1.200 pontos de vantagem sobre o segundo colocado.









Referéncias bibliográficas:

LANCEPRESS!, "Andy Irons: tricampeão mundial de surfe". http://msn.lancenet.com.br/mais-esportes/Andy-Irons-tricampeao-mundial_0_365363494.html, 03-11-2010[consult. 03-11-2010]

MORRE ANDY IRONS, TRICAMPEÃO MUNDIAL!


Overdose de medicamento pode ter matado Andy Irons
Havaiano passou mal em voo entre Miami e Dallas

A morte do havaiano Andy Irons pode ter sido provocado por uma overdose. Segundo o Tarrant County Medical Examiner, que analisa o caso, foram encontradas cápsulas de metadona ao lado do corpo surfista, em um hotel de Dallas, nos Estados Unidos. Irons estava voltando ao Havaí após desistir da etapa de Porto Rico do Circuito Mundial.

Informações não oficiais apontam para um morte causada por dengue hemorrágica, supostamente contraída na etapa de Peniche, em Portugal. A metadona é uma substância com efeitos similares ao da morfina, utilizada em tratamento de toxicodependentes e com venda permitida apenas com prescrição médica.

O corpo de Andy Irons vai passar por uma autópsia nesta quarta-feira e o resultado do exame deve sair entre 60 e 90 dias.

O tricampeão mundial foi encontrado morto por um funcionário do hotel em que estava hospedado, após não ter respondido a uma chamada telefônica programada para acordá-lo durante a manhã. Irons passou mal em um voo entre Miami e Dallas e não estava em condições de embarcar em um avião para o Havaí. Por isso, decidiu ficar na cidade texana, onde acabou morrendo.







Referéncias bibliográficas:

LANCEPRESS!, "Overdose de medicamento pode ter matado Andy Irons". http://msn.lancenet.com.br/minuto/Overdose-medicamento-matado-Andy-Irons_0_365363500.html, 03-11-2010[consult. 03-11-2010]

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Melhores praias ao redor do mundo






Oceania:
Burleigh Heads, Kirra e Snapper's Rock (Gold Coast), Narraben e Manly (Sidney), Bell´s Beach e Johanna's (Victoria), Gnarloo e Margaret River (West Oz)(Austrália)

EuropaBiarritz(França/Espanha), Guincho, Matosinho, Espinho, Praia Grande e Peniche(Portugal)

Américas
Waimea, Sunset Beach, Banzai e Pipeline(Havaí-USA; Fernando de Noronha(Brasil); Malibu, Black´s, Huntington e Trestles(USA)

África
Jeffreys Bay, na costa sul próxima a Port Elizabeth

Ásia
Uluwatu e Padang Padang-Bali, G-land-Java, Desert Point-Lombok, Mentawaii e Nias-Sumatra(Indonésia)


Além destes lugares citados acima, há outros points maravilhosos para o surf como:
- Bali
- Peru
- Chile
- Ilhas Canárias
- Africa do Sul
- Panamá
- Nova Zelândia
- Barbados (Caribe)
- Siargao (Filipinas)
- Puerto Escondido (México)
- Tahiti
- Equador
- El Salvador




Referências bibliográficas:

http://www.bigviagem.com, "As melhores praias para Surfar". http://www.bigviagem.com/as-melhores-praias-para-surfar/, 18-03-2010 [consult. 29-10-2010]

http://portal180.uol.com.br, "Os Melhores Picos". http://portal180.uol.com.br/interna.php?ID=93, [consult. 29-10-2010]

Tiago Pires, o "Saca"


Tiago Pires é a sensação do surf em Portugal e uma estrela em ascensão no cenário internacional. Tiago é natural da Ericeira e é conhecido como "Saca". Nasceu a 13 de Março de 1980. Mede 1,70 m e pesa 70 kgs.

Conhecido por "Saca", desde pequeno que se envolveu em actividades desportivas ligadas ao mar. Apenas com oito anos de idade começou a praticar bodyboard, um desporto que consiste em fazer acrobacias nas ondas enquanto deitado numa pequena prancha. Mas, aos onze anos, os amigos de Tiago convenceram-no a passar a praticar surf, um desporto mais difícil feito sobre uma prancha maior e com o atleta a ter de equilibrar-se em pé enquanto desliza e faz acrobacias. Ficou provado que os amigos tinham razão, já que com apenas 14 anos Tiago Pires se tornou, em 1994, no primeiro português a ganhar um título europeu de surf. Tal feito foi alcançado na divisão "boys", destinada a concorrentes da sua idade.
Em 1998 Tiago Pires foi vice-campeão Europeu e Mundial de juniores. Finalmente, no ano seguinte, sagrou-se campeão da Europa de surf no escalão júnior. Ainda em 1999 ficou em sétimo lugar no ranking final da EPSA, a associação europeia de surf, e em 75.º no ranking mundial WQS (World Qualifying Series). O WQS é o segundo circuito mais importante do mundo a nível de surf.
Em 2000, Tiago Pires foi o primeiro português a vencer uma prova do circuito WQS. O surfista foi o primeiro na prova realizada em Miramar, uma praia do concelho de Vila Nova de Gaia. Ainda em 2000, já em Dezembro, ficou no segundo posto noutra prova do circuito WQS, a disputada em Sunset no Hawai, considerado o paraíso dos surfistas. O português só foi batido pelo consagrado Sunny Garcia. Entretanto, no mesmo ano, Tiago Pires sagrou-se ainda vice-campeão do Mundo de juniores, numa prova que também decorreu no Hawai.
Já em 2002, Tiago Pires voltou a vencer no circuito WQS ao triunfar em Setembro numa prova disputada em Akanishi Kaigan, no Japão, conseguindo entrar no top 20 do ranking. Foi mais um passo na corrida por um lugar no circuito WCT, a grande meta de Tiago Pires, treinado por José Seabra, uma antiga lenda do surf português. Em 2007 foi 5º lugar no ASP WQS.




Referências bibliográficas:

http://www.infopedia.pt, "Tiago Pires". http://www.infopedia.pt/$tiago-pires, [consult. 29-10-2010]
http://www.tiago-pires.portais.ws/, "Tiago Pires". http://www.tiago-pires.portais.ws/, [consult. 29-10-2010]

Adriano de Souza, "O Mineirinho"


Adriano de Souza começou a surfear com 8 anos. Em 2003 proclamou-se campeão do mundo do Billabong Junior World Championships. Em 2002 debutó nas WQS e em 2005 ganhou o título mundial, impondo-se a surfistas como Shaun Cansdell e Tim Reis, hoje em dia também presentes no ASP World Tour. Em 2006 debuta no WCT absoluto.

Actualmente é o segundo surfista mais jovem de todo o circuito, só superado pelo francês Jeremy Flores, e a esperança do surf brasileiro.

Informação pessoal :
Ano de nascimento 13 de fevereiro de 1987

Lugar de nascimento Guarujá, São Paulo, Brasil

Residência actual Guarujá, São Paulo, Brasil

Altura 1,67 m.

Dados como surfista:
Posição na tabela Regular (pé esquerdo à frente)

Sponsors Central Surf Shop, Oakley e FCS Fins.

Profissional desde 2006-presente

Posição último Campeonato 20º em 2006


Vitórias
Vitórias fosse do Foster's ASP World Tour:

•2003
- Billabong Junior World Championships

•2005
- Campeão do mundo ASP WQS

•2009
- Campeon do Billabong Pró Mundaka - Euskal Herria





Referências bibliográficas:

http://pt.wikilingue.com, "Adriano de Souza". http://pt.wikilingue.com/es/Adriano_de_Souza, [consult. 29-10-2010]

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Andy Irons - Tricampeão mundial


Andy Irons (24 de julho de 1978) é um surfista profissional havaiano. Criado nos recifes perigosos e rasos do North Shore de Kauai, é três vezes campeão mundial.

Nome Andy Irons
Apelido Al, Messias
Nacionalidade Havaiano
Data de nascimento 24.07.1978
Residência atual Kauai, Havaí
Altura 1,83cm
Peso 77 kg
Posição Regular
Patrocinador Billabong

Vitórias em Competições
2007

Rip Curl Search (Arica, Chile)

2006

Rip Curl Pipemasters (Pipeline, Havaí), Rip Curl Search (La Jolla, México)

2005

Rip Curl Pro, Banzai Pipeline (Oahu, Havaí), Quiksilver Pro (South West Coast, França), Quiksilver Pro (Chiba, Japão)

2004

Quiksilver Pro (South West Coast), Billabong Pro (Jeffreys Bay),

2003

X Box Pipeline Masters, Banzai Pipeline (Oahu, Havaí), Quiksilver Pro (South West Coast, França), Quiksilver Pro, (Niijima Island, Japão), Quiksilver Pro (Tavarua/Namotu, Fiji), Rip Curl Pro, Bells Beach (Victoria, Austrália)

2002

X Box Pipeline Masters, Banzai Pipeline (Oahu, Havaí), Billabong Pro, Mundaka (Euskadi, Espanha), Billabong Pro Teahupoo, (Taiarapu, Tahiti), Rip Curl Pro, Bells Beach, (Victoria, Austrália)

2000

Billabong Pro, Trestles (California, EUA)

1998

Op Pro, Huntington Beach (Califórnia, EUA)



Referências bibliográficas:

http://pt.wikipedia.org, "Andy Irons". http://pt.wikipedia.org/wiki/Andy_Irons, 12-03-2010 [consult. 26-10-2010]

sábado, 23 de outubro de 2010

Kelly Slater - A lenda viva do surf


Robert Kelly Slater (11 de Fevereiro de 1972, Cocoa Beach, Flórida) é o maior surfista profissional da história do esporte.
Kelly Slater ganhou nove títulos mundiais os quais fazem dele o mais bem sucedido surfista na história do esporte
Suas praias favoritas são Kirra(Austrália) e Pipe(Havaí). Suas manobras favoritas são os aéreos e tubos.
Seus surfistas prediletos são: Tom Curren, Tom Carrol, Mark Occhilupo, Martin Potter, Andy Irons e Shane Dorian. Suas pranchas variam entre: 5’10”, 6’1”, 6’3” e 6’6”, quando está na estrada.

Sobre sua carreira:

Recordista de vitórias na carreira: 55
Recordista de vitórias no WCT: 43
Vitórias na mesma temporada: 7 (96), com Damien Hardman (88) e Tom Curren (90)
Recordista de Títulos Mundiais: 9 (1992, 1994-1998, 2005, 2006, 2008)
Recordista de Títulos Mundias consecutivos: 5 (1994-1998)
Recordista de vitórias no Pipe Masters: 6 (1992, 1994, 1995, 1996, 1999, 2008)
Recordista de vitórias consecutivas no Pipe Masters:3 (1994-1996)
Título Mundial por antecipação: campeão na 9º das 11 etapas (em Mundaka em 2008)
Campeão Mundial mais jovem da história: 20 anos (1992)
Campeão Mundial mais velho da história: 36 anos (2008)
Vencedor mais velho de uma etapa: 38 anos (em Rip Curl Pro em 2010)
Maior pontuação em uma bateria: 20 pontos de 20 possíveis (na final no Tahiti em 2005)
Antes da sua 34ª vitória no WCT (Boost Mobile Pro em Lower Trestles, Califórnia numa final contra Pancho Sullivan em 2007), Slater dividia a primeira colocação dos maiores vencedores de WCT com Tom Curren (ambos com 33 vitórias).

Vitórias em Competições

Kelly Slater surfando em 2006 pelo Boost Mobile Pro na California.2010

WCT *
- Rip Curl Pro (Bells Beach, Victoria - Austrália)

2009

WCT *
- Hang Loose Santa Catarina Pro (Santa Catarina - Brasil);

He also won the "woody" for best porn actor in 2009

2008

WCT *
- Quiksilver Pro (Gold Coast, Queensland - Austrália); - Rip Curl Pro (Bells Beach, Victoria - Austrália); - Globe Pro (Tavarua/Namotu, Mamanuca Islands - Ilhas Fiji); - Billabong Pro (Jeffrey's Bay, Eastern Cape - África do Sul); - Boost Mobile Pro (Lower Trestles, Califórnia - EUA); - Billabong Pipeline Masters (Pipeline Beach, Oahu - Havaí);

2007

WCT *
- Boost Mobile Pro (Lower Trestles, Califórnia - EUA);

2006

WCT *
- Quiksilver Pro (Gold Coast, Queensland - Austrália); - Rip Curl Pro (Bells Beach, Victoria - Austrália);

2005

WCT *
- Billabong Pro (Teahupoo, Taiarapu - Tahiti); - Globe Pro (Tavarua/Namotu, Mamanuca Islands - Ilhas Fiji); - Billabong Pro (Jeffrey's Bay, Eastern Cape - África do Sul); - Boost Mobile Pro (Lower Trestles, Califórnia - EUA);

2004

WQS *
- Snickers Australian Open (Maroubra/Sydney, New South Wales - Austrália); - Energy Australia Open (Newcastle, New South Wales - Austrália);

2003

WCT *
- Billabong Pro (Teahupoo, Taiarapu - Tahiti); - Billabong Pro (Jeffrey's Bay, Eastern Cape - África do Sul); - Billabong Pro (Mundaka, Euskadi - Espanha); - Nova Schin Festival WCT(Florianópolis, Santa Catarina - Brasil);

2002

Evento Especial *
- The Quiksilver in Memory of Eddie Aikau (Waimea Bay, Oahu - Havaí);

2000

WCT *
- Gotcha Tahiti Pro pres. by Globe (Teahupoo, Taiarapu - Tahiti);

1999

WCT *
- Mountain Dew Pipe Masters (Pipeline Beach, Oahu - Havaí);

1998

WCT *
- Billabong Pro (Gold Coast, Queensland - Austrália);

Evento Especial *
- G-Shock Triple Crown of Surfing (North Shore, Oahu - Havaí);

1997

WCT *
- Coke Surf Classic (North Narrabeen, New South Wales - Austrália); - Billabong Pro (Gold Coast, Queensland - Austrália); - Tokushima Pro (Ikumi Beach, Tokushima - Japão); - Marui Pro (Torami Beach, Chiba - Japão); - Kaiser Summer Surf WCT (Praia da Barra, Rio de Janeiro - Brasil);

Eventos Especiais *
- Grand Slam (Queensland, West Australia, New South Wales, Victoria - Austrália); - Typhoon Lagoon Surf Challenge (Orlando, Flórida - EUA);

1996

WCT *
- Coke Surf Classic (Mobile Event, New South Wales - Austrália); - Rip Curl Pro Saint Leu (Saint Leu - Ilhas Reunião); - CSI pres. Billabong Pro (Jeffrey's Bay, Eastern Cape - África do Sul); - U.S. Open (Huntington Beach, Califórnia - EUA); - Rip Curl Pro (Hossegor, Landes - França); - Quiksilver Surfmasters (Biarritz, Pyrénées Atlantiques - França); - Chiemsee Pipe Masters (Pipeline Beach, Oahu - Havaí);

Eventos Especiais *
- Sud Ouest Trophée (Lacanau, Hossegor - França); - Da Hui Backdoor Shootout (Havaí);

1995

WCT *
- Quiksilver Pro (G-Land, East Java - Indonésia); - Chiemsee Pipe Masters (Pipeline Beach, Oahu - Havaí);

Evento Especial *
- G-Shock Triple Crown of Surfing (North Shore, Oahu - Havaí);

1994

WCT *
- Rip Curl Pro (Bells Beach, Victoria - Austrália); - Gotcha Lacanau Pro (Lacanau, Gironde - França); - Chiemsee Pipe Masters (Pipeline Beach, Oahu - Havaí);

WQS *
- The Bud Surf Tour (Seaside Reff, Califórnia - EUA); - The Bud Surf Tour (Huntington Beach, Califórnia - EUA);

Evento Especial *
- Sud Ouest Trophée (Lacanau, Hossegor - França);

1993

WCT *
- Marui Pro (Herbara Beach, Chiba - Japão);

1992

WCT *
- Rip Curl Pro Landes (Hossegor, Landes - França); - Marui Masters (Pipeline Beach, Oahu - Havaí);

1990

WQS *
- Body Glove Surfbout (Lower Trestles, Califórnia - EUA);



Referências bibliográficas:

pt.wikipedia.org, "Kelly Slater". http://pt.wikipedia.org/wiki/Kelly_Slater#Estat.C3.ADsticas_e_Marcas_Significativas, 20-09-2010 [consult. 22-10-2010]
http://www.kelly-slater.info/, "Kelly Slater". http://www.kelly-slater.info/, [consult. 22-10-2010]

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mick Fanning - Bicampeão mundial


Nome Mick Fanning

Apelido Micktor, Trotty, Eugene

Nacionalidade Australiana

Data de nascimento 13.06.1981

Residência atual Tweed Heads, Austrália

Altura 1,77cm

Peso 73 kg

Posição Regular

Patrocinador DHD Surfboards,Rip Curl, Reef, Dragon

Principal Shaper: Darren Handley

Alinhamento: Regular

Ondas preferidas: Sobre fundo de areia

Manobras preferidas: tubos

Melhor posição no WCT: 1º em 2007


Estatísticas:

Títulos Mundiais ASP: 2 (2007;2009)
Vitórias no WCT: 11
Mick Fanning ganhou em sua carreira, até hoje, US$ 1.253.601 .
2007 é o 6º ano em que Mick disputa a ASP World Tour, ele começou em 2002.
2007 é o 10º ano que Mick Fanning vai ao ASP WQS, ele começou em 1998.
Mick conseguiu um 1º lugar no ASP WQS em 2001.

Vitórias em Competições:

2009

Quiksilver Pro (França), Hurley Pro (California) Rip Curl Pro Search (Portugal,Peniche)

2007

Quiksilver Pro (Gold Coast, Austrália), Quiksilver Pro (França), Hang Loose Santa Catarina Pro (Imbituba, Brasil)

2006

Billabong Pro (Jeffreys Bay, África do Sul), Festival Nova Schin (Imbituba, Brasil)

2005

Rip Curl Search (Saint Leu, Reunion Island), Quiksilver Pro (Gold Coast, Austrália), Energy Australia Open (Newcastle, Austrália) (WQS)

2002

Billabong Pro (Jeffreys Bay, África do Sul)

2001

Rip Curl Pro (Bell’s Beach, Torquay, Austrália)


Referências bibliográficas:

http://pt.wikipedia.org, "Mick Fanning". http://pt.wikipedia.org/wiki/Mick_Fanning, 30-07-2010[consult. 18-10-2010]
http://globoesporte.globo.com, "Mick Fanning (AUS)". http://globoesporte.globo.com/ESP/surfe/0,,SUR9-7499,00.html, [consult. 18-10-2010]

Joel Parkinson- Nº1 no Ranking Mundial 2009


Apelido: Parko, Porko
Data de nascimento: 10/4/1981
Cidade Natal: Nambour, Queensland
Residência: Coolangatta, Gold Coast
Altura: 1,83 m
Peso: 75kg
Data de Nascimento: Sexta-feira, 10 de abril de 1981
Nascido em: Nambour, Queensland
Residência: Coolangatta, Gold Coast
Altura: 1,83m
Peso: 75 kg
Patrocinadores: Billabong, Von Zipper, Kustom, Indústrias JS
Anos de Experiência: 7
Alinhamento: Regular
Lugar Favorito: Kirra, Snapper Rocks (Austrália)
Principal Shaper: JS, das Indústrias JS
Coleção de Pranchas: Três 6’2”x18-3/8x2-1/4; 6’6”x18-3/8x2-1/4
Surfistas Favoritos: Occy, Matt Hoy
Treinos: Surfe, corrida, treinos híbridos
Música Favorita: qualquer uma de Donavan ao Metallica
Outros interesses: Carros, assistir ao jogo do time de futebol favorito
Classificações anteriores 07’-4o, 06’-5o:’05-12 ‘04-2,’03-5, 144 (WQS), ’02-2, 82 (WQS), ’01-21, 6 (WQS), ’00-6 (WQS), ’99-35 (WQS), ’98-647, ’97-847

Resultados 2007
5o -Quiksilver Pro (Austrália); 5o Rip Curl Pro (Austrália); 3o -Billabong Pro Teahupo’o (Taiti); 5o -Rip Curl Search (Chile); 5o -Billabong Pro (África do Sul); 33o -Boost Mobile Pro (EUA); 3o -Quiksilver Pro França; 9o -Billabong Pro Mundaka (Espanha); 3o -Nova Schin Festival WCT Brasil; 4o -Billabong Pipeline Masters (Havaí)

Resultados 2006
9o -Quiksilver Pro (Austrália); 2o Rip Curl Pro (Austrália); 17o -Billabong Pro Teahupo’o (Taiti); 17o - Globe Fiji Pro (Fiji); 9o -Rip Curl Search (México); 9o -Billabong Pro (África do Sul); 5o -Boost Mobile Pro (EUA); 1o -Quiksilver Pro França; 3o -Billabong Pro Mundaka (Espanha); 9o -Nova Schin Festival WCT Brasil; 33o -Rip Curl Pro Pipeline Masters(Havaí)

Resultados 2005
9o -Quiksilver Pro (Austrália); 9o -Rip Curl Pro (Austrália); 9o -Billabong Pro Teahupo’o (Taiti); 9o -Globe Fiji Pro (Fiji); 9o -Rip Curl Search (Reu); 5o -Billabong Pro (África do Sul); 33o -Quiksilver Pro (Japão); inj-Boost Mobile Pro (EUA); inj-Quiksilver Pro França;5o -Nova Schin Festival WCT Brasil; 17o -Rip Curl Pro Pipeline Masters (Havaí)

Resultados 2004
9 o-Quiksilver Pro (Austrália); 1 o Rip Curl Pro (Austrália); inj-Billabong Pro Teahupo’o (Taiti); inj-Quiksilver Pro (Fiji); 9 o-Billabong Pro (África do Sul); 2 o -Quiksilver Pro (Japão); 1 o -Boost Mobile Pro apresentado pelo Quiksilver (EUA); 9 o -Quiksilver Pro França; 3 o -Billabong Pro Mundaka (Espanha); 17 o -Nova Schin Festival WCT Brasil; 33 o -Rip Curl Pro Pipeline Masters (Havaí)

2006 (1) – Quiksilver Pro (França)
2004 (2) - Rip Curl Pro (Austrália), Boost Mobile Pro apresentado pelo Quiksilver (EUA)
2002 (3) - Quiksilver Pro (Austrália), Solomon Masters (Austrália-QS), Rip Curl Cup (Havaí)
2001 (3) - Lacanau Pro, Hossegor Rip Curl Pro (ambos QS-França), Billabong World Junior Championships (WJC-Austrália)
2000 (1) - O'Neill Coldwater Classic (QS-EUA)
1999 (3) - Billabong/MSF Pro (África do Sul), Headworx Ballentines Classic (QS-Espanha), Billabong World Junior Championships (Havaí)



Referências bibliográficas:

http://www.billabong.com, "JOEL PARKINSON". http://www.billabong.com/br/team-rider/surf/3/joel-parkinson, [consult. 18-10-2010]

Ranking Mundial 2009- 10 melhores surfistas

1 Joel Parkinson (AUS) 1 1 9 3 1 17 - - - - 5486
2 Mick Fanning (AUS) 3 5 9 5 17 1 - - - - 4550
3 Adriano de Souza (BRA) 2 17 5 2 17 5 - - - - 4348
4 C.J. Hobgood (USA) 5 5 5 3 9 9 - - - - 4272
5 Damien Hobgood (USA) 5 17 9 9 2 9 - - - - 3974
6 Kelly Slater (USA) 17 17 17 1 9 3 - - - - 3906
7 Bede Durbidge (AUS) 5 17 17 5 9 3 - - - - 3760
8 Taj Burrow (AUS) 3 17 2 5 17 33 - - - - 3685
9 Taylor Knox (USA) 17 9 5 17 5 5 - - - - 3616
10 Bobby Martinez (USA) 33 9 1 9 5 33 - - - - 3582


Referências bibliográficas:

SurfOnLine, "RANKING MUNDIAL APÓS O HURLEY PRO". http://surfabout.blogspot.com/2009/09/ranking-mundial-apos-o-hurley-pro.html, 19/09/2010[consult. 18-10-2010]

domingo, 17 de outubro de 2010

Campeonato Mundial de Surf(WCT)

WCT significa "World Championship Tour", mas também é chamado de "Circuito Mundial" ou "Divisão de Elite Mundial". Ele começou em 1992, quando a ASP (Associação dos Surfistas Profissionais) decidiu dividir o Circuito Mundial em duas divisões (WCT/WQS). O australiano Peter Townsend foi o primeiro a vencer um Círcuito Mundial, quando este ainda era unificado, em 1976.



ASP World Tour

ASP World Tour (Circuito Mundial de Surfe) é uma liga profissional de surfe. É organizada pela Association of Surfing Professionals. ra ser reconhecido e queira brilhar na carreira.
No WCT competem apenas os 45 melhores surfistas do mundo, seguindo este critério de classificação:

Os 27 primeiros colocados no ranking ao fim da temporada asseguram a permanência para o ano seguinte.
Três surfistas recebem os “wild card”, ou seja, convites, por terem se machucado e, com isso, terem ficado de fora de algumas etapas.
Quinze surfistas se classificam através do ranking do circuito acesso, o WQS.
Faz alguns anos, foi criada a "Etapa Móvel", em que um ex-militar francês viaja o Mundo todo em busca de ondas perfeitas; a que ele selecionar, irá ser uma atração do WCT, mas só em uma Temporada. Para 2007 foi escolhida Arica, no Chile.

Vencedoras:

Ano Nome País
1976 Peter Townend Austrália
1977 Shaun Tomson África do Sul
1978 Wayne Bartholomew Austrália
1979 Mark Richards Austrália
1980 Mark Richards Austrália
1981 Mark Richards Austrália
1982 Mark Richards Austrália
1983 Tom Carroll Austrália
1984 Tom Carroll Austrália
1985 Tom Curren Estados Unidos
1986 Tom Curren Estados Unidos
1987 Damien Hardman Austrália
1988 Barton Lynch Austrália
1989 Martin Potter Reino Unido
1990 Tom Curren Estados Unidos
1991 Damien Hardman Austrália
1992 Kelly Slater Estados Unidos
1993 Derek Ho Estados Unidos
1994 Kelly Slater Estados Unidos
1995 Kelly Slater Estados Unidos
1996 Kelly Slater Estados Unidos
1997 Kelly Slater Estados Unidos
1998 Kelly Slater Estados Unidos
1999 Mark Occhilupo Austrália
2000 Sunny Garcia Estados Unidos
2001 C.J Hobgood Estados Unidos
2002 Andy Irons Estados Unidos
2003 Andy Irons Estados Unidos
2004 Andy Irons Estados Unidos
2005 Kelly Slater Estados Unidos
2006 Kelly Slater Estados Unidos
2007 Mick Fanning Austrália
2008 Kelly Slater Estados Unidos
2009 Mick Fanning Austrália



Referência bibliográfica:
http://pt.wikipedia.org, "ASP World Tour". http://pt.wikipedia.org/wiki/WQS, 11/07/2007[consult. 17-10-2010]

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Equipamentos para a prática do Surf

A prancha é o elo entre o surfista e o mar. Uma boa prancha é essencial para quem quer ter um bom desempenho. Ela tem que estar adaptada ao tamanho e as características físicas do atleta.

O desenvolvimento do material utilizado nas pranchas foi tão grande, que as velhas (de madeira), foram substituídas por modernas placas de polietileno.
Além das conhecidas pranchinhas, mais velozes e utilizada pelos principais surfistas, existem as Fun e Long Boards.

A Fun Board é uma intermediária entre a pranchinha e o Long. Já as Long Boards são as mais clássicas e trazem consigo o peso e a responsabilidade de toda a história do surf.

Para completar a lista de materiais necessários para a prática do surf, tem o lash, a parafina e o neoprene.

O leash é a famosa cordinha. Ela é geralmente amarrada junto ao calcanhar e prende o atleta a prancha. Verifique sempre se o leash está bem preso, pois caso se solte você terá muito trabalho para pegar a prancha novamente.

A parafina que é feita do mesmo material da vela é passada na prancha e tem como objectivo segurar os pés do surfista durante a onda. Não exagere na hora da parafina e sempre lembre de utilizar o raspador.

O fato é a roupa de borracha utilizada principalmente no Inverno ou em mares frios. Se você quer surfar por mais tempo então não esqueça do fato. Apesar de prender um pouco o movimento do atleta ele é essencial nas épocas mais frias do ano.







Referèncias bibliográfias:

http://bestsurf.no.sapo.pt, "Equipamentos para o Surf". http://bestsurf.no.sapo.pt/equipamentos_para_o_surf.htm, [consult. 15-10-2010]

Definição+História do Surf

O surfe ou surf (do inglês surf) é um prática desportiva marítimo, frequentemente considerada parte do grupo de atividades denominadas desportos radicais, dado o seu aspecto criativo, cuja proficiência é verificada pelo grau de dificuldade dos movimentos executados ao acompanhar o movimento de uma onda do mar sobre uma prancha, denominada prancha de surfe, à medida que esta onda se desloca em direção à praia.

Cada onda em cada local do mundo tem as duas diferenças, uma magia própria que apenas os surfistas conseguem descrever. O Surf é também um estilo de vida. É viver em pleno contacto com a natureza, com as espécies marinhas, com o oceano e a vida saudável na praia.

Cada swell (ondulação) contém uma série de ondas que variam em tamanho, ângulo, velocidade. O Surf teve início há séculos nas culturas das ilhas do Pacífico, onde as suas raízes remontam aos primórdios da sociedade polinésia. Nos séculos dezassete e dezoito, o Surf era uma actividade respeitada, tanto pela classe dominante, como pela classe trabalhadora havaina. O Surf era algo que fazia parte integrante das suas vidas repletas de deuses, rituais e um conjunto enorme de regras ligadas a este desporto.

Os antigos havaianos levavam o Surf muito a sério. Os chefes podiam declarar «Kapu» a qualquer um dos seus sítios de Surf preferidos, significando que eram interditos a todos menos ao chefe e aos seus convidados. Os chefes ordenavam aos súbditos para trazerem apenas a melhor madeira das regiões frias das montanhas do interior da ilha. Os melhores artesãos esculpiam a prancha do chefe a partir da madeira das árvores preciosas.

Os relatos sobre Surf foram feitos pela primeira vez ao mundo civilizado pelo tenente James King, da Real Marinha Britânica, em 1779. Ele observou que vira havaianos a cavalgarem ondas colossais na baía de Kealalekua. Na altura o tenente James descreveu o Surf como perigoso, extravagante e arriscado. Claro que o Surf continuou apesar dos comentários do tenente, até que, cerca de 150 anos depois, sob a liderança do Duque Kahanamoku, cresceu até se tornar na força internacional que fazem deste desporto de ondas o que maior número de praticantes possui.










Referéncias bibliográficas:

Wikipédia, "Surfe". http://pt.wikipedia.org/wiki/Surfe, 17-09-2010[consult. 15-10-2010]

Eurosport, " A História do Surf". http://tv.eurosport.pt/adventure/storynews_sto1946012.shtml, 04/08/2009[consult. 15-10-2010]

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